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Selic: elevar juros enfraquece o empreendedorismo, defende Sebrae
Presidente Décio Lima se posiciona contrário à ata da reunião do Copom da última semana, que informa que “não hesitará em elevar a taxa de juros”
A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, divulgada nesta terça-feira (6), apontou que a instituição “não hesitará em elevar a taxa de juros para assegurar a convergência da inflação à meta” diante do cenário de alta da inflação e do dólar. Diante disso, o presidente do Sebrae, Décio Lima, destaca que qualquer retrocesso terá impactos ainda piores para os pequenos negócios e enfraquecerá o empreendedorismo, a geração de empregos e a distribuição de renda no país.
Temos feito apelos permanentes para que a taxa de juros seja reduzida. É preciso que os juros caiam. Todos os índices econômicos estão positivos. Com o governo de Lula e Geraldo Alckmin, o país está no rumo certo. A inflação está controlada, a renda aumentou e a qualidade de vida melhorou, mas os juros continuam altos.
Presidente do Sebrae, Décio Lima.
Para o dirigente, não há qualquer explicação racional para o fato de a taxa de juros estar ainda acima dos dois dígitos, quando temos uma meta de inflação de 3%. Ele avalia que já passou da hora de o país mudar essa política de juros. “A manutenção da Selic nessas bases prejudica não só o governo, que tenta recuperar a economia. Ao manter elevados os juros da dívida pública, o BC atinge também os consumidores e as empresas, principalmente os micro e pequenos negócios, porque o crédito fica mais caro”, acrescenta.
Com a manutenção da taxa básica de juros (Selic) em 10,5% ao ano, de acordo com levantamento recente do Sebrae, a média nacional da taxa de crédito para os microempreendedores individuais é de cerca de 44% – podendo chegar a 51% para os empresários do Nordeste.