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Workaholic ou sobrecarregado (a)?

Essa ilusão de que ser altamente produtivo e eficiente é a chave do sucesso, infelizmente, sequestra das pessoas, o equilíbrio saudável para equilibrar vida pessoal e vida profissional.

O que mais ouvimos de quem se intitula “Workaholic” (compulsão por trabalho) é que não consegue se desligar do trabalho em nenhum momento.

Os períodos de descanso não existem e a mente não para nunca.

Está sempre acelerada. A desconexão, tão necessária para oxigenar a mente nos momentos de descanso, parece uma ilusão.

Mas, não seria falta de rotina? Planejamento? Ou excesso de sobrecarga?

Uma dinâmica frequente e dolorosa que reacende a discussão sobre saúde mental.

O elevado risco de adoecimento mental entre os profissionais está intimamente relacionado a esse excesso de atividades laborativas e falta de consciência de que precisam parar, descansar, repousar e oxigenar a mente e o corpo de forma saudável para evitar um sofrimento psíquico, que estimula doenças físicas e mentais.

A dor e o vazio emocional oriundos do excesso de preocupação com questões rotineiras de trabalho, que levam a não conseguir separar vida pessoal e vida profissional, ativam gatilhos propícios a transtornos e neuroses, como a depressão, ansiedade generalizada, burnout, exaustão mental, entre outros.

Situação crítica que representa um risco dentre diversas profissões, entre elas: professores, bancários, contadores, profissionais da saúde, profissionais de marketing, garçons, seguranças, policiais e muitas outras.

Ou seja, a falta de qualidade de vida, a negligência dos limites pessoais, o abuso do tempo diário de trabalho, a exposição a situações de estresse traumático e os excessos, são alguns dos fatores determinantes para o surgimento do adoecimento mental.

Produtividade

É preciso parar de romantizar a “produtividade” para se rotular como Workaholic, e refletir sobre como leva a vida.

Agitada, acelerada e, muitas vezes, desligado do mundo social e mergulhado em dores emocionais abafadas.

Existe uma urgência contemporânea na necessidade de verbalizar que existe um desequilíbrio.

E mais que isso, é preciso que as empresas e os gestores tenham sensibilidade para reconhecer a importância dessa abordagem de forma prévia no sentido de evitar maiores prejuízos ao seu corpo de colaboradores.

A fragilidade humana exige um olhar mais atento e uma escuta mais aguçada.

Pois, quanto mais feliz e equilibrado emocionalmente o indivíduo estiver, maior a possibilidade de estabelecer relações saudáveis consigo e com os outros.

A saída é a adoção de programas específicos, como: apoio psicológico, palestras informativas, estímulo a práticas de atividades físicas, concessão de folgas eventuais, possibilidade de redução da carga horária, dinâmicas quinzenais para auxiliar na integração do indivíduo, bem como na melhoria da qualidade do ambiente corporativo.

Ações conjuntas para banir episódios de ansiedade, depressão, burnout, pânico, entre outras dores emocionais que geram o adoecimento do grupo e indivíduo em si.

Portanto, enxergar nossa realidade é fundamental, além de abandonar rótulos ilusórios que mistificam a capacidade humana e exigem mais do que podemos corresponder.

Não somos máquinas.

Somos seres humanos e precisamos externar, reconhecer e acolher nossos excessos para construir relações sólidas, leves e salutares, com o outro e conosco.

Reflita e avalie se seu momento não está baseado em sobrecargas desnecessárias e provoque mudanças urgentes.