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Recrutamento pode contribuir para alta rotatividade de funcionários?

Quando o processo de seleção não estabelece o match ou o fit cultural, a tendência é que os novos colaboradores acabem saindo precocemente

Autor: Carolina LaraFonte: A Autora

Turnover é a métrica utilizada pela área de Recursos Humanos para medir a rotatividade dos funcionários. Quando essa movimentação de pessoas está fora do nível esperado ou muito distante de uma comparação histórica, diversos problemas podem estar acontecendo. Um desses problemas pode ser o processo de recrutamento, pois os contratados não estão se adaptando à organização.

Para Alisson Souza, CEO da abler, startup que visa trazer produtividade aos processos seletivos, a alta rotatividade pode prejudicar a empresa em diversas frentes, como a cultura organizacional, que pode ser afetada com a saída de outros colaboradores; a perda de competitividade de marca empregadora, pois a movimentação excessiva de entrada e saída de colaboradores impede a captação de novos talentos e faz com que os conhecimentos adquiridos no ambiente sejam perdidos; e o aumento de gastos com processos seletivos para reposição dos funcionários que saíram.

Para evitar que esses problemas ocorram, o executivo recomenda promover o alinhamento comportamental e técnico. “Selecionar pessoas somente pelo conhecimento técnico sem pensar na cultura organizacional da empresa pode fazer com que o colaborador não consiga se integrar ao time e acabe saindo”, adverte.

Alisson também recomenda transparência nas informações, seja no recrutamento, seja na integração do novo colaborador. “A falta de clareza acerca da rotina da empresa e do cargo em questão pode fazer com que o profissional tenha uma expectativa muito diferente da realidade e acaba se frustrando com a experiência”, pondera.

Essa clareza de informações também se refere à remuneração praticada pela empresa. “Oferecer uma remuneração e benefícios muito abaixo do restante do mercado pode ocasionar a saída de colaboradores, que vão preferir trabalhar em organizações que ofereçam salários melhores”, aponta.

Ainda para que a organização tenha sucesso em sua gestão de pessoas e reduza o turnover, o CEO da abler recomenda a adoção do recrutamento orientado por dados (data driven). “Essa prática traz inúmeros benefícios como redução de custos, pois a análise de dados do recrutamento permite minimizar as necessidades de gastos desnecessários ao longo dos processos. O RH passa a entender onde focar seus esforços na verba para divulgação de vagas, minimizando processos seletivos muito longos, que acabam gerando um custo maior”, aponta. Ele ainda destaca que a adoção da orientação por dados diminui também o gasto com contratações erradas.

Fazer o básico é essencial

Embora especialistas apontem que um dos fatores de alta rotatividade nas empresas seja a gestão — “o colaborador se demite do chefe e não da empresa” —, Alisson souza afirma que se a área de Recursos Humanos “fizer o básico, já contribui bastante para minimizar os problemas gerados pelo alto turnover”.

Esse básico, segundo o executivo, é criar uma política de benefícios, conhecer a rotina do cargo, desenvolver um plano de carreiras, definir os perfis comportamentais e deixar o processo seletivo mais amigável. “Oferecer um ambiente agradável para o candidato durante a seleção contribui para que ele se sinta mais confortável com os processos e tenha uma imagem mais positiva da empresa”, finaliza Alisson.

Sobre Alisson Souza

Apaixonado por inovação, negócios digitais e R&S, Alisson trabalha há 15 anos no mercado de Tecnologia, sendo os oito últimos no mercado de Recrutamento e Seleção, quando exerceu o cargo de gestor de Tecnologia da Informação em uma das maiores consultorias de Recrutamento e Seleção do Brasil. É pós-graduado em Startups e Future Management pela HSM University. No final de 2017 cofundou a abler, plataforma para Recrutamento e Seleção (SaaS – ATS) completo para o RH amigável para as pessoas candidatas. Neste negócio já auxiliou mais de 2.000 recrutadores a fecharem mais 55 mil vagas.

Sobre a abler

Por quase dez anos, os fundadores atuaram no setor de recursos humanos. Essa bagagem trouxe experiências, vivências e principalmente, um olhar tecnológico sobre as dores do setor. No ano de 2016, a inconformidade com as necessidades da área de RH os impulsionou a iniciar a criação da abler, desenhando um software de recrutamento e seleção olhando para as maiores dores da área. Nestes quatro anos, a abler já conquistou mais de 2.000 recrutadores por todo o Brasil e mais de 55 mil vagas já foram fechadas através da plataforma, conquistando um tempo médio de 8 dias para o fechamento de vagas. Hoje, o software disponibiliza um banco de talentos mais completo, sendo mais de 3 milhões de profissionais cadastrados.